Planejar é a palavra chave para otimizar a marcenaria hoje em dia. Não importa o tamanho da empresa, fabricar móveis sob medida é produzir peças e, para isso, necessita-se de uma sequência lógica dentro da produção. Quando o material chega, ele precisa estar próximo das operações que o utilizam para que o operador execute suas atividades com agilidade. Se as chapas não estiverem ao lado do corte, esse operador, além de cortar, pode ter o trabalho de buscar o seu material, ou ficar aguardando que este seja levado até ele. Veja os erros mais comuns encontrados nas marcenarias. Estes são só alguns pontos que devem ser considerados.

O importante é planejar o melhor layout pensando em um fluxo linear fluído. Se algo estiver errado dentro do layout irá gerar custos desnecessários, risco de não entregar o produto no prazo e, ainda, pode interferir na qualidade pretendida do produto. Pensando nisso, vamos ajudá-lo a definir um layout ideal com base em 3 passos:

PRIMEIROColete informações

  • Verifique o tipo de mobiliário a ser produzido: Para iniciar o planejamento de layout, a marcenaria precisa definir o tipo de móvel que deseja continuar produzindo. Está mais relacionado ao mercado que a marcenaria procura atender. Para fabricantes que atendem arquitetos, as operações serão distintas de uma que atende a lojas de planejados. Não é impeditivo atender os dois públicos, só ocorre que, deve-se estar preparado para ter mais operações dentro da marcenaria ao atender ambos os públicos.
  • Verifique as operações que estão sendo executadas para a fabricação: Quando a marcenaria produzir móveis sob medida para arquitetos, terá operações como pintura, beneficiamento de peças em 45º, tamponamentos especiais, ou seja, operações distintas de uma marcenaria que atende exclusivamente lojas. Estas por sua vez requisitam móveis mais lineares, ou seja, com menos beneficiamento. Desta forma, considere para o planejamento todas as atividades a serem executadas, do inicio ao fim do processo.
  • Colete dados sobre a produtividade atual, com os processos dispostos atualmente: Para poder comparar no futuro o resultado das modificações, é importante ter registros de números sobre a produtividade atual. Talvez seja difícil no momento definir o que medir ou até mesmo obter os dados. Pode ser que o melhor dado seja o número de peças produzidas por dia, semana ou mês, sem retrabalho. Ou então, o número de chapas cortado por dia, semana ou mês, para entender qual a sua atual capacidade produtiva.
  • Analise as máquinas disponibilizadas: Liste todas as máquinas e equipamentos disponíveis e suas características técnicas como dimensões, voltagem necessária, posição de coletores de pó, posição do painel de operações e requisitos de espaço para limpeza. Lembre também de listar carrinhos, roletes, bancadas e cavaletes, pois todos estes itens ocupam espaço dentro da produção.
  • Verifique medidas do galpão com entradas de insumos e saídas de produtos: Por fim, colete todas as informações de medidas do galpão e a posição dos conduítes e tubulações de rede elétrica, hidráulica e rede de dados.

SEGUNDOAnalise o fluxo de trabalho

  • Estude e planeje o melhor fluxo de processos: Sem pensar em pessoas e sim em operações, define-se a lógica do fluxo das peças. Por exemplo: planeja-se a sequência das peças iniciando pelo corte. Para o caso da empresa produzir peças com tamponamento, após o corte, as peças são destinadas para um setor especial de beneficiamento para depois voltar para o refilo na seccionadora. Contudo, se existe a possibilidade de acrescentar neste setor uma esquadrejadeira, é interessante que o beneficiamento completo desta peça tamponada seja feito por completo neste setor. Assim define-se que, depois do corte e preparo dos tampos, as peças seguem para fitamento, depois para furação e usinagem e assim sucessivamente.
  • Defina o fluxo baseado nos recursos disponíveis: Com um fluxo definido, aloca-se as máquinas e equipamentos que poderão ser utilizadas em cada operação. Existem casos onde a qualidade do produto final será impactada de acordo com ordem de disposição das máquinas. Por exemplo, em peças com chanfro, se o corte com angulo for realizado antes do fitamento das laterais, será necessária uma operação manual para aplicação da fita. Isto acarreta perda de qualidade e aumento do custo. Evita-se executando laminação nas laterais primeiro para depois encaminhar a peça para corte.  Desta forma considere estes detalhes na definição do fluxo.

TERCEIROImplemente a mudança de Layout

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  • Desenhe a planta baixa do Galpão: Uma vez reunidas todas as informações, é hora de aplicar o novo fluxo no galpão. Existem diversas formas para ilustrar, mas nada melhor que projetar em 3D o novo Galpão. Após desenhar o pavilhão no Sketchup, considerando as instalações hidráulicas e elétricas, é hora de adicionar as máquinas e equipamentos.

 

  • Crie corredores para trânsito de peças e pessoas: Com um modelo do pavilhão em 3D será mais fácil posicionar o maquinário e equipamentos, considerando os espaços de trânsito para peças, estoques intermediários e para peças prontas.

Sobre a Gabster

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