Um dos bons caminhos para aumentar a produção e garantir qualidade aos móveis sob medida, ou planejados, é por meio da implantação de máquinas para automatizar a produção. Hoje no mercado, existem máquinas para atender todos os processos desenvolvidos dentro da marcenaria, desde o corte, passando por furação, usinagem, laminação e até mesmo máquinas para embalagem de móveis desmontados.

Muitas vezes o dono da marcenaria não tem capital para investir em uma ou mais máquinas de uma só vez. Por isso, é muito importante entender o papel que cada tipo de máquina executa, para então fazer a escolha correta de qual maquinário adquirir no momento. Pensando nisso, deve-se levar em consideração o processo de fabricação implantado dentro da marcenaria e os resultados que a máquina e capaz de entregar.

Sendo assim, neste post vamos ajuda-lo a compreender os tipos de máquinas e seus benefícios dentro do processo produtivo da marcenaria, para que você esteja mais preparado para fazer a melhor escolha.

SECCIONADORAS

As seccionadoras são máquinas usadas essencialmente para o corte de chapas, agilizando a produção e sistematizando o processo de corte. Sua utilização não depende de um marceneiro capacitado, podendo ter auxiliares e outros profissionais para executar a sua operação.

Podem ser dividida em três grupos de configuração: manuais, com empurrador e com pinças.

MANUAIS: São as seccionadoras com menor custo do mercado. Indicadas para marcenarias que estão aumentando sua produção aos poucos, que ainda não possuem demanda para alimentar uma máquina totalmente automática durante todo o período produtivo do dia. A seccionadora manual é regulada por operadores que ajustam as medidas de corte em uma régua de precisão e, por isso, é necessário o uso de dois operadores para o funcionamento da máquina: um na parte frontal, colocando as chapas e outro na parte traseira, para realizar o ajuste das medidas de corte.
COM EMPURRADOR: Essas máquinas tem operação muito parecida com a seccionadora manual, pois depende de um operador para definir as medidas de cada corte a ser executado. A sua principal diferença é, que: não são necessários dois operadores para seu uso, já que ela funciona com um sistema de posicionamento automático do encosto traseiro. O operador digita a medida que quer realizar o corte e o encosto se posiciona sozinho. Indicada para marcenarias que buscam mais agilidade no processo de corte e que buscam maneiras de operacionalizar sem a necessidade de contratações de mão de obra extra.
COM PINÇA: São consideradas as máquinas mais rápidas e precisas de corte. Contam com um sistema automatizado de pinças, as quais, seguram a chapa e literalmente ”engolem” a peça para dentro da máquina. Semelhante a seccionadora com empurrador, esse modelo tem um sistema que se posiciona sozinho. A grande diferença é o fato de não necessitar do operador para digitar as informações de medidas de corte, pois essa informação vem pronta de um sistema de programação de corte que é adquirido juntamente com a máquina. Trata-se de uma seccionadora com ótimo custo benefício, pois alia velocidade, precisão e produtividade, sem a dependência do acerto de medidas do operador.
Independente do modelo de máquina à ser adquirido, é fundamental salientar que sua plena funcionalidade está condicionada ao uso de um sistema de otimização de chapas. No caso, um sistema que fornecesse uma listagem de peças a serem cortadas, torna o processo mais assertivo, rápido e sem dependência de operadores altamente qualificados.

COLADEIRAS

A colagem de fita de borda pode ser identificada como um dos pontos mais críticos dentro de uma marcenaria. Os mais céticos comentam que ”ainda não inventaram nada melhor do que a laminação manual”. Isso não é verdade. Hoje, existem ótimas máquinas no mercado brasileiro, tanto nacionais quanto importadas, para realizarem essa função. Além do mais, a sua marcenaria não conseguirá aumentar a produção e ainda dependerá de uma mão de obra especializada se continuar com realizando este processo manualmente.

Inicialmente, é preciso estar atento ao resultado desejado que a coladeira de borda entregue para fazer a escolha ideal. Existem diversos tipos de máquinas a disposição, podendo ser diferenciadas pelo seu resultado dentro do processo produtivo de uma marcenaria, em como estas ajudam no desempenho da produção. Podemos classificar máquinas de colagem de fita de borda em dois grupos: manuais e automáticas, sendo que dentro das automáticas existem diversas variáveis a serem observadas.

MANUAIS: Estas máquinas ainda dependem de um operador bem qualificado, mas já agilizam – e muito! – o processo de colagem, pois com elas é possível eliminar aquele processo manual de colagem que consiste em diversas tarefas como: passar cola na peça, passar cola na fita, passar cola na peça novamente, fazer a aplicação manual da fita e, por fim, fazer pressão para realmente realizar a colagem. Seu grande beneficio é que a máquina manual faz tudo isso sozinha. Trabalha com cola térmica, onde a cola é esquentada e então é aplicada na peça juntamente com a fita. Isso não elimina o trabalho de refilo (retirada de sobras de fita dos topos) e limpeza do excesso de cola mas, com certeza já garante uma agilidade muito maior que a colagem totalmente manual.
AUTOMÁTICAS: São máquinas que fazem a colagem sem a necessidade de um operador segurar a peça do início ao fim do processo. É preciso apenas posicionar a peça na entrada da máquina e retirar no final. Trabalhar com dois operadores, um para abastecimento e outro para retirada, pode ser interessante em casos de alta produtividade.
A qualidade final entregue por essas máquinas automáticas está diretamente associada ao número de grupos que ela contém.

Grupos podem ser definidos como partes da máquina que realizam etapas específicas do trabalho.

Então, quanto mais grupos de trabalho, maior também será a qualidade final da peça que sai da máquina, eliminando a necessidade de trabalhos manuais. Se optar por comprar uma máquina com poucos grupos de trabalho, provavelmente terá ainda que realizar algum trabalho manual para refinar o acabamento das peças, mas ainda assim, terá um grande ganho de produtividade se comparado a colagem artesanal ou com coladeiras manuais.

Os grupos de trabalho de coladeiras automáticas são: Tupia de Entrada, Colador, Destopador, Refilador, Raspador, Polidor e Arredondador (este último apenas usado caso opte por trabalhar com fitas de 1mm de espessura ou mais).

Tupia de entrada – Trata-se do primeiro grupo, sempre. Ele é responsável por retirar uma fina camada de madeira do topo da peça retirando qualquer imperfeição para então ser feita a colagem da borda. Outro aspecto muito importante é que a Tupia de Entrada retira a quantidade de material equivalente a espessura da fita de borda que será colada, ou seja, a peça mantém a mesma medida sempre. Isso se torna ainda mais importante se for trabalhar com fitas mais espessas, como 1mm ou 2mm.

Colagem da fita – Neste grupo é onde são feitas as colagens da fita, sendo muito parecido com a coladeira manual, onde a fita é aplicada com uma cola térmica. Aqui é importante ressaltar que é possível ter mais de um coleiro (Coleiro é onde é colocado a cola para derreter). É possível que a marcenaria queira trabalhar, por exemplo, com um tipo de cola branca (para peças claras) e cola incolor (para peças escuras). Como não é uma tarefa simples limpar o coleiro para mudar a cola, aconselha-se buscar máquinas com mais de um coleiro se desejar ter mais de um tipo de cola.

Destopador – Grupo onde é retirado o excesso de fita dos topos da peça. Existem máquinas com destopador simples, que é o responsável por retirar o excesso de fita da frente e do final da peça e, também existem os destopadores duplos, onde um é responsável por destopar a frente e o outro a parte traseira da peça. Destopadores duplos são mais rápidos e, consequentemente, a velocidade de colagem pode ser maior. Sendo assim, indicado para marcenarias que precisam laminar muitas peças por dia.

Refilador – Grupo onde é retirado o excesso de fita da parte superior e inferior da peça. Este componente também é responsável por ”quebrar o fio” da fita de borda, eliminando o trabalho de passar uma lixa ou lima (grosa) para retirar o fio.

Raspador – Com este grupo são retirados os excessos de cola que ficam sobre a peça. O raspador deve estar bem regulado, caso contrário ele pode acabar espalhando mais cola do que retirando.

Polidor – Processo final onde uma bucha de cerdas ou tecido é atritada contra a peça para garantir que qualquer sujeira seja retirada.

Arredondador – Este grupo é utilizado apenas em máquinas que são apropriadas para colar bordas de 1mm de espessura ou mais. Ele é utilizado apenas para peças que são laminadas em mais de um lado e ocorre encontro de duas fitas. Como as fitas são mais espessas, é possível que fique uma ”quina viva” e é ali que age o arredondador, retirando essa quina e deixando arredondado.

Mesmo que a marcenaria tenha a melhor máquina, é muito importante que as peças cheguem com a identificação correta de onde devem ser laminadas e qual o tipo de fita deve ser utilizado (espessura, cor), se não ocorrem erros e atrasos.

 

Pronto, agora sabemos dos benefícios e diferenças das seccionadores e coladeiras. Agora, se você tem interesse em aprender mais e conhecer dicas referentes a máquinas voltadas a usinagem e furação, continue lendo o material abaixo.

O que é melhor? Centro de usinagem, Centro de furação, Nesting ou furadeira multipla?

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